Será que não poderíamos fazer algo mais?
Eis a questão que muitos nos fazemos, quando começamos a despertar para a importância do auxílio ao próximo.
Quando iniciamos a perceber que podemos ser instrumentos da bondade Divina no mundo, revemos nossas prioridades, revemos o uso de nosso tempo e de nossas forças.
Podemos ser muito mais úteis do que imaginamos, e cada um que finalmente se rende ao poder das ações do amor, dissipa um pouco mais as trevas ainda predominantes nos dias atuais.
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Não subestimemos as chamadas "pequenas doações".
O prato que oferecemos ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.
A peça de vestuário que entregamos ao companheiro em miséria terá representado o apoio providencial com que se livrou de enfermidade grave.
A reduzida poção de remédio que conseguimos doar em favor de um doente, foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.
A visita rápida que fazemos ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.
O bilhete ligeiro que endereçamos ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora que lhe permitiu retomar o acesso à esperança.
O minuto de tolerância com que suportamos a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente.
Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o nosso interlocutor evitará render-se a ideias de suicídio ou delinquência.
Os nossos instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparoque não pode descartar, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.
Não menosprezemos o valor das minidoações.
O nosso concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
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Doar sem doar-se é como acender um fósforo em meio a severa ventania. O calor e a luz não duram.
Entregar o coração em tudo que se dá é transformar-se em farol no alto de uma encosta ameaçadora.
Desde o dia em que, naquela beira-mar, constrói-se a torre luminosa, ninguém mais estilhaça sua embarcação nas rochas duras do sofrimento.
O mundo precisa de faróis. O mundo precisa do nosso farol.
Mesmo que confessemos que nossa luz possível ainda é pequena lanterna, isto é, não tem poder de iluminar grande porção de mar, entendamos que, mesmo assim, ela é necessária e pode ser muito útil.
Através das pequenas doações, feitas com a grandeza de um coração que deseja a felicidade do outro, iluminaremos todo o oceano e, finalmente, nos despediremos da escuridão na Terra.
Pensemos nisso. Iluminemo-nos e iluminemos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.26, do livroRespostas da vida, pelo Espírito André Luiz, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.
Em 25.7.2013.
Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.
Em 25.7.2013.
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