Os animais, como as criaturas humanas, sentem necessidade de carinho, compreensão e amizade. Eles têm a capacidade de corresponder ao carinho recebido, mostrando-se sensíveis a quem os brinda com afeição.
Em um circo de Londres, certa vez, um elefante muito famoso começou a demonstrar sinais de loucura.
Por isso foi acorrentado e enjaulado. Como era um animal muito conhecido, quando as autoridades policiais optaram pelo sacrifício de Bozo, o circo abriu um espetáculo especial para o público.
Todos queriam ver o sacrifício de Bozo. O povo, ansioso, lotou as arquibancadas, as cadeiras e os camarotes.
De repente, uma grande cortina se abriu e apareceu uma gigantesca jaula com Bozo, furioso, andando de um lado para o outro, louco.
Os atiradores especiais, convidados para o sacrifício, estavam a postos. O povo mal respirava.
Então um homem negro chegou ao circo, foi direto ao picadeiro e se apresentou ao gerente com um documento nas mãos. Depois de ler o documento, o gerente riu e falou alto:
Senhores, este homem quer entrar na jaula. Ele afirma que conseguirá amansar a fera.
Como o homenzinho insistisse no seu pedido e afirmasse que se responsabilizaria por tudo que lhe pudesse acontecer, a porta da jaula foi aberta e ele entrou.
Sereno, começou a cantar uma estranha melodia. A princípio, Bozo reagiu agressivo. Mas o homem continuou a cantar com ternura.
O animal entrou naquele ritmo e foi se acalmando. Depois se deitou. O herói tocou em sua tromba e foi jogado, com carinho, no dorso do animal. Pediu, então, que desacorrentassem Bozo e abrissem a jaula. O elefante, feliz, passeou com ele pelo picadeiro várias vezes, curado da estranha loucura.
Estava de novo calmo e dócil. O povo aplaudia e as crianças riam de felicidade.
Perguntado, o homem explicou:
Eu sou indiano, da mesma terra de onde veio este animal. Durante toda a sua infância, Bozo ouviu o dialeto indiano. Brincou com as crianças e quando elas o banhavam e o alimentavam à beira dos riachos, cantavam melodias indianas e conversavam com ele.
Bozo havia adoecido de saudades de sua terra natal. Saudade daquelas crianças que o amavam, saudade dos riachos e dos campos onde brincava.
Bozo fora vendido para a Inglaterra. A língua estranha, os costumes diferentes, o cativeiro, o adestramento para trabalhar no circo, a ausência da alegria das manhãs na Índia, o fizeram enlouquecer de saudade e de dor.
Ao ouvir a canção familiar, reviveu os momentos felizes e se curou.
Um detalhe: o homenzinho hindu não era outro senão Rudyard Kipling, Prêmio Nobel de Literatura, autor do famoso poema Se, traduzido para o nosso idioma por Guilherme de Almeida.
* * *
É conduta cristã proteger os seres inferiores da criação. Por isso, constitui generosidade apoiar, quanto possível, os movimentos e as organizações de proteção aos animais.
É importante não perseguir nem aprisionar animais pelo simples prazer de os manter próximos, em jaulas e gaiolas douradas.
Evitar a matança indiscriminada somente para atender a satisfação de alguns caprichos alimentares ou para ganhar troféus.
Não permitir maus tratos, nem trabalhos excessivos aos animais, devotando-lhes estima e cuidados como nos merece toda a obra da criação divina.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 33, do livro Conduta espírita, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb e no cap. 32, do livroPara sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas Editora.
Em 31.1.2013.
cap. 33, do livro Conduta espírita, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb e no cap. 32, do livroPara sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas Editora.
Em 31.1.2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário