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terça-feira, 30 de agosto de 2016

O que é mais belo

O que é mais belo: a natureza ou as construções humanas?
O que nos causa mais admiração: a incrível variedade das cores, dos matizes da natureza ou a engenhosidade humana que parece se superar a qualquer tempo?
A natureza morre e retorna, insuperável, inigualável.
Quando a neve tudo cobre, deixando somente se vislumbrar o imenso tapete branco, pensa-se que tudo está morto.
Contudo, basta a primavera iniciar seu passeio habitual, para que o verde da grama e dos pastos cubram as estradas, os morros, as montanhas;
E os brotos despontam, abundantes, em toda parte, anunciando o ressurgir de uma nova e extraordinária estação.
O homem constrói, muita coisa rui, mas ele refaz de forma ainda mais arrojada.
Muitas de suas construções atravessam os tempos, sinalizando que, desde o início de sua estada em nosso planeta, sua mente idealizou coisas grandiosas.
Olha-se a natureza e, quanto mais se observa, mais cresce nossa admiração por esse celeste escultor, que trabalha seu cinzel nas rochas vigorosas que apontam para os céus tanto quanto para aquelas formações que se escondem na intimidade das cavernas ou no seio dos mares.
Admiramos as formas curvilíneas das pedras, extasiamo-nos ante as alturas das montanhas que parecem tocar as nuvens, embriagamo-nos de sinfonias ouvindo o cantar da fonte, o sussurrar dos pequenos filetes nascentes, o estrondo das grandes quedas d´água.
Sentamo-nos na relva umedecida pelo orvalho da manhã e descobrimos nas pétalas de uma minúscula flor um pequeno diamante que brilha, aos primeiros raios do sol que se espreguiça, lentamente.
Beleza, cor, música. A natureza é pródiga em suas manifestações e, observando algumas espécies da flora, parece-nos descobrir Deus a pintar arabescos nas delicadas pétalas, ou, como um cabeleireiro, esmerar-se em cachos, coques, alisamentos.
Quanto mais olhamos, mais nos encantamos. E, se na noite bordada de estrelas, ficamos a mirar para o alto, reconhecemos a grande colcha bordada de luz, a envolver a Terra, em cálido manto.
É como se Deus, qual Pai amoroso, nos cobrisse, de forma delicada, a fim de que lhe sintamos o amor, enquanto nos preparamos para fechar os olhos físicos e, pelas vias do sono, visitarmos as paisagens espirituais.
E, se assim nos encantamos com a prodigalidade Divina, que dizer das criações humanas que, a cada dia, superam o que se possa imaginar em engenhosidade?
Quando se veem pontes vencendo abismos, quando se contemplam construções que parecem escalar os céus, quando se observa o arrojo do homem no anseio de vencer a enfermidade, reverenciamos, mais uma vez a grandiosidade Divina.
Como Pai amoroso e bom, dotou os Seus filhos de Sua própria essência. Por isso, o homem não tem limites para sua imaginação, para sua criatividade, para a manifestação grandiosa de si mesmo.
Filho de artista extraordinário, não poderia ser diferente. E, se Deus coloca brilho nas estrelas, o homem ilumina a Terra com as suas luzes.
E, enquanto Deus prossegue a criar mundos e mundos, nesse universo em expansão em que nos movemos, o homem, incansável, sonha em vencer as distâncias e alcançar as estrelas.
O que será mais belo do que reconhecer que Deus é amor infinito e dotou os Seus filhos da própria essência de Sua criatividade?

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 26, ed. FEP.
Em 9.9.2014.

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