Quando Lúcia se descobriu grávida, ficou plena de alegria.
Ela e o marido aguardavam a gravidez há oito anos.
Lúcia passou a se imaginar com o bebê nos braços, e algumas inseguranças a tomaram de assalto.
Comentários de familiares, conhecidos, parentes, refletiram, de certo modo, negativamente, num primeiro momento.
Alguém dizia que, com o nascimento do bebê, ela não teria mais noites de sono.
Outra sugeria que o mais difícil era tentar decifrar o choro do bebê, para saber se seria fome, fralda suja ou alguma dor.
Então, ela buscou se informar sobre todas as questões que teria de enfrentar.
Procurou literatura apropriada, a experiência materna e a orientação médica.
Na medida em que avançava a gestação, recebeu críticas de sua irmã por nem ter ainda procurado saber o sexo da criança e nem se preocupado com o enxoval...
Lúcia disse que logo mais trataria dessas questões.
O que ela reconhecia como imprescindível era se preparar interiormente, para proporcionar ao bebê os melhores cuidados possíveis.
Reconhecia que Deus depositava confiança nela, entregando-lhe uma alma querida para o renascimento e que ela devia se preparar internamente primeiro, deixando as providências acessóriaspara logo mais.
* * *
Como é belo quando a mulher, que se encontra investida da missão sagrada, é madura no seu entendimento da vida.
Sabemos que o amor materno é um sentimento dos mais elevados, que se reveste de grave responsabilidade.
Conduz a mulher a desejar todo o bem possível ao bebê frágil, dependente, renunciando a si mesma.
Por isso, as mães têm uma força extraordinária.
Força diretamente decorrente da capacidade de receber a vida e cooperar com ela.
E um amor incondicional, na qualidade de afeto sem quaisquer limitações.
Esse padrão de amor é encontrado no coração feminino, que se dedica, conscientemente, à tarefa divina de ser mãe.
Mãe que entrega o próprio corpo como alimento para o filho.
Mãe que doa noites de sono, horas de lazer, relegadas para depois e depois.
Mãe, uma dedicação incrível à tarefa de amar, educar, superar.
* * *
Maternidade é algo que transcende ao rotineiro, ligando a mãe à essência da existência.
É entrega total, em função da nova experiência.
Se todas as mães conhecessem a realidade maior da vida, o mundo se tornaria um verdadeiro paraíso.
Se todas soubessem que somos Espíritos imortais, com aptidão para evoluir sempre; que somos capazes de aprender com o exemplo que observamos; que já trazemos em nós o registro de muitas experiências vivenciadas; que buscamos a oportunidade de aperfeiçoamento, a cada novo investimento na vida material; que precisamos de limites e também, de alertas conscientes; que necessitamos de amor, mas de energia também...
Elas nos ensinariam, desde o ventre, a vencermos em nós as mazelas, os preconceitos, os sentimentos menores.
Elas nos apresentariam Jesus como o Modelo que merece nossa admiração e respeito; nos fariam buscar, no mundo material, a força e o valor de ser, e não o de ter.
Finalmente, vislumbrariam serem elas as cocriadoras celestiais, pois que oferecem os corpos aos filhos de Deus, para transitarem sobre a Terra.
Redação do Momento Espírita.
Em 16.7.2016.
Em 16.7.2016.
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