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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Desculpas frequentes

Quem já desenvolveu algum tipo de trabalho voluntário sabe o quanto é difícil conseguir que os companheiros   persistam na tarefa e não a abandonem.
Existem as desculpas mais frequentes para se desistir de qualquer empreitada.
Poderíamos relacionar as cinco mais comuns:
Primeira:
Não tenho tempo.
Essa é uma das frases mais ouvidas nos dias atuais.
As pessoas correm de um lado para o outro, todos os dias.
Dividem seu tempo entre o trabalho, o estudo, o lazer e mais uma infinidade de atividades.
Porém, há coisas que não valem a pena.
Muitas vezes desperdiçamos minutos valiosos em atividades ou em programas que se revelam, mais tarde, lamentáveis equívocos.
Então, na verdade, o que sofremos não é a falta de tempo, mas sim a dificuldade de priorizar tarefas e de utilizar de modo razoável e útil as horas de que dispomos.
Segunda:
Não sei fazer.
Há pessoas que não sabem realizar determinadas tarefas e não têm o menor interesse em aprendê-las.
Há quem diga: Não sei e tenho raiva de quem sabe.
Em outras palavras, não querem a responsabilidade de saber para se esconder na ignorância e na incapacidade voluntária de realizar qualquer atividade diferente.
Trata-se de uma omissão deliberada, negando-se a buscar um objetivo nobre.
Na visão evangélica, são pessoas que enterram seus talentos e que nada produzem de bom.
Terceira:
Não tenho saúde.
Pequenas indisposições costumam servir de desculpas para o afastamento das mais singelas atividades.
Porém, não são suficientemente graves para impedir que a mesma pessoa deixe de buscar prazeres e lazeres dos mais variados, na mesma ocasião.
Ou seja: só não se está bem o suficiente para trabalhar porque não há motivos reais para recusar as ofertas fúteis e vazias do mundo.
Quarta:
Tenho medo.
Nessa situação, a frase mais comum é: Quem sou eu para fazer isso?
Mais do que falsa modéstia, a pessoa que costuma valer-se de tal argumento, na verdade, quer eximir-se de novas atribuições.
É muito cômodo alegar o receio de errar.
Ora, não podemos esquecer que só erra quem faz.
Aquele que nada realiza equivoca-se apenas por omitir-se, por deixar de realizar.
No entanto, é melhor correr o risco de errar, produzindo algo de bom, do que simplesmente lavar as mãos e não errar nunca, mas também nada fazer.
Quinta:
Outra pessoa vai fazer isso.
Muitos cruzam os braços na certeza de que a tarefa será levada a cabo por outras pessoas.
Na verdade, boa parte das tarefas efetivamente poderá ser realizada sem o auxílio, sem a participação daqueles.
No entanto, sendo cada pessoa única, o resultado que se obtém em cada obra pode ser diferente.
Além disso, na maioria das vezes, a tarefa não precisa deles, mas são eles próprios que precisam dessa oportunidade para aprender e para se  desenvolver.
*   *   *
O trabalho no bem é uma oportunidade abençoada que não deve jamais ser retardada ou abandonada, sob pena de prejudicar a evolução do próprio trabalhador envolvido.
Evite desculpas vãs.
Busque o trabalho, realize e cresça.

Redação do Momento Espírita, com base no Boletim Al-non - Informativo Nacional nº 80, p. 7.
Em 22.08.2011.

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