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terça-feira, 30 de agosto de 2016

O mundo perfeito

Se as crianças pudessem reinventar o mundo, podemos imaginar como seria?
Certa feita, ouvimos uma garota de sete anos, falar a respeito.
Segundo ela, deveria haver um tobogã para descer do apartamento para a lan house. Facilitaria.
E, na lan house, bastaria falar os sites e eles apareceriam, automaticamente. Preguiça de digitar?
Não, é que algumas pessoas não sabem escrever direito e assim todos poderiam acessá-los para navegar.
Bem se vê que ela estava preocupada com quem demonstrava algumas dificuldades.
Na rua, haveria malabaristas e bailarinas. E grandes borboletas, que poderiam ser montadas pelas crianças. Mas teriam que ser borboletas de cara bonita.
Assim, todos teriam acesso a brincadeiras e seriam felizes.
Nas praças, haveria música de todo tipo. Isso possibilitaria que cada qual ouvisse a que mais gostasse.
Os fios de luz não dariam choque e, toda vez que se encostasse neles, se poderia formular um desejo.
Com isso, ficaria eliminado o perigo que atravessam algumas crianças, por ignorância ou descuido de quem as deveria proteger.
E, conforme a sua lógica, se nunca é tarde para se começar a fazer coisas boas, então nunca é tarde para dormir.
Isso, naturalmente, dito em causa própria, nessa vontade de ficar até mais tarde nas brincadeiras, ou em frente à televisão.
Sim, se as crianças pudessem, alterariam muitas coisas no mundo.
Acabariam as guerras, porque criança se desentende com o amigo agora, briga, diz que nunca mais falará com ele para, logo depois, buscá-lo e tornar a brincar.
É a lição da boa vizinhança, do perdão, da diplomacia.
Acabariam as disputas por terras e pedaços de terra. Afinal, não seria legal poder brincar em todas as praças do mundo, visitar todos os parques do mundo, nadar em todos os rios?
Tudo seria compartilhado, dividido, usufruído em conjunto.
As barreiras linguísticas seriam superadas, de forma rápida, porque nada mais fácil para uma criança do que se entender com a outra, quando deseja brincar. E, de igual forma, uma aprende com a outra o idioma.
Haveria menos preocupações com festas dispendiosas e mais simplicidade porque o importante numa festa é reunir os amigos, brincar até cansar.
Depois, se sobrar tempo, pode-se comer cachorro-quente, pizza, sanduíche, bolo de chocolate ou pão com manteiga.
O importante são as brincadeiras, é o desfrutar da companhia dos amigos por horas. E não perder um minuto sequer de nenhuma delas.
O sono seria profundo, fruto do cansaço prazeroso.
E não haveria tanta preocupação com roupas, porque o que as crianças desejam é estar confortáveis para correr, pular, subir em árvores, chutar bola, jogar-se na piscina.
Não importa se a roupa é de grife ou comprada no mercado próximo, ficará suja logo, logo, com tanta poeira e suor.
*   *   *
Seria bom que, por vezes, olhássemos com mais atenção para as crianças, que as ouvíssemos, que lhes seguíssemos alguns exemplos.
A vida, com certeza, se tornaria menos complicada.
E talvez aprendêssemos a ser mais descontraídos, menos sisudos, a dedicar menos horas ao trabalho e um pouco mais ao prazer de estar com a família, com os amigos.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com algumas frases escritas 
por Marina Costa Macedo, aos sete anos de idade.
Em 7.11.2014.

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