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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Morte e mérito

Um dos sentimentos mais difíceis de ser suportado é o da dor da separação dos entes queridos, provocada pela morte.
Por certo enchemo-nos de amargura, ao recordar os nossos amores que seguiram para o além pelas portas da desencarnação, no momento do impacto emocional que nos marcou o ser...
Nada mais compreensível e natural, quando não estamos familiarizados com a certeza de que morte é vida que se exprime em nova dimensão, recebendo em seu seio os que concluíram seu estágio nos campos do mundo material.
No entanto, salvo os casos em que a criatura, atormentada por múltiplos e infortunados motivos, provoca a morte do próprio corpo, os que mergulham nas águas do rio da morte o fazem em razão das leis do mérito que os beneficiaram com a necessária e merecida libertação do corpo carnal.
Assim, será sempre de bom senso que não nos enredemos na angustiosa ansiedade por partirmos também. Não nos rebelemos contra as Leis Divinas que nos mantêm ainda no chão da Terra.
Quando pensarmos nos entes amados que já partiram, amemo-los com a nossa oração.
Recordemo-los com as mais vívidas, ternas e nobres memórias, com as quais conseguiremos levar-lhes o buquê da nossa ternura, com o perfume da nossa saudade iluminada pela fé nos desígnios do Criador.
É válido que agora, quando o tempo avança, mostrando-nos os diversos setores de serviços que podemos executar no bem, que os executemos, dedicando a eles, nossos mortos que vivem, o melhor dos nossos empenhos fraternais.
Fazendo-nos amigo de alguém, sem nada exigirmos em troca; tornando-nos responsáveis pelo pão diário de uma criança, com alegria, em nome dos afetos que vivem no além-túmulo.
Atendendo a um enfermo com singela fruta ou com a refrescante presença da oração, sem temores desnecessários.
Visitando um hospital qualquer, num dia ou hora em que possamos, fazendo a alegria dos que jazem sem ninguém, em sofrimento, dia após dia.
Levando um sorriso fraterno e sincero a um presidiário, para que ele sinta o perdão de Deus por meio da nossa ação.
Comprando um medicamento para alguém que não o possa adquirir, embora dele careça. Agasalhando um corpo tiritante de frio com a veste ou a coberta que repousa sem utilidade em nossas gavetas.
Façamos estas coisas em louvor deles, os nossos mortos queridos.
Distribuindo tantas bênçãos com o coração puro, em nome dos nossos amores, com toda certeza nos prepararemos muito bem para que os embates do Mundo não nos infelicitem, nem nos destruam na amargura.
Tampouco nos deixem desanimar diante das mais diversas ou conflitantes situações.
Assim, então, veremos o tempo passar sem nos apartarmos do trabalho do bem, vivendo em abundância, valendo-nos das oportunidades valiosas da existência corporal, até que adquiramos, igualmente, ao longo dos dias, o mérito para retornarmos ao convívio dos amores que partiram, com paz e alegria pelo dever cumprido, nas regiões do mais além.
*   *   *
Que sucede à alma no instante da morte?
Que prova podemos ter da individualidade da alma depois da morte?
A resposta para estas duas perguntas você encontrará em O livro dos espíritos, de Allan Kardec.
O livro dos espíritos foi editado há 151 anos.
Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita, leia O livro dos espíritos.
Redação do Momento Espírita com base no cap. 10 
do livro Nossas riquezas maiores, por Espíritos
 diversos, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter,
 e nos itens 149 e 152 de O livro dos espíritos,
 de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 13.11.2008.

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