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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O perdão que liberta

Jurema chegou em casa, após o horário da escola, com os olhos vermelhos e inchados.
Para a mãe, que lhe indagou o que ocorrera, ela disse estar com muita raiva e que odiava uma colega da escola.
Trancou-se no quarto e chorou durante um largo tempo.
A mãe, que conhecia bem sua pequena, simplesmente esperou.
Quando Jurema saiu do quarto, a mãe tentou saber o que houvera acontecido de tão sério.
A menina contou que uma colega a havia humilhado em frente a um garoto de quem ela estava gostando. E todos riram dela.
Voltou a frisar que odiava aquela garota e gostaria de nunca mais tornar a se encontrar com ela.
A mãe procurou acalmar a filha. Falou da importância de desculparmos as pessoas, mesmo quando suas atitudes nos magoam; que perdoar é sempre o melhor caminho.
Lembrou-lhe das lições do Evangelho, das exortações de Jesus, do próprio exemplo dEle perdoando aos que O levaram à cruz.
No entanto, a impetuosidade da adolescente insistia e ela persistia na raiva, não conseguindo se esquecer da humilhação que passara.
*   *   *
Importante, em nossas vidas, agirmos conforme às leis do amor, em tudo e com todos.
Jesus nos ensinou a perdoarmos verdadeiramente aos que nos ferissem ou magoassem.
Não importa se amigos ou inimigos, conhecidos ou desconhecidos.
O Evangelista Lucas anotou o Seu ensinamento: Amai os vossos inimigos. Fazei bem aos que vos odeiam. Abençoai os que vos amaldiçoam. Orai pelos que vos caluniam.
E, quando o Apóstolo Pedro indagou ao Mestre a respeito de quantas vezes se deveria perdoar, a resposta não nos deixa dúvidas.
Não se trata, simplesmente, de multiplicar setenta vezes por sete vezes. Trata-se da exortação de perdoar sempre.
No atual estágio evolutivo, a grande maioria de nós resiste à prática do perdão.
Até mesmo porque estabelecemos que os que nos fizeram mal ou nos magoaram, de alguma forma, não são merecedores de perdão.
Entretanto, seria de bom alvitre pensarmos que nós mesmos temos pontos difíceis de serem compreendidos e perdoados pelos que convivem conosco.
A verdade é que, quando nos resolvemos pelo perdão, nos sentimos aliviados, mais tranquilos.
Enquanto carregamos mágoa, remoemos ocorrências infelizes e, em consequência, somente nos podemos sentir igualmente infelizes.
Quando nos desvencilhamos da mágoa, é como se largássemos no caminho um pesado fardo, para andarmos livres, em uma estrada ensolarada, buscando ser felizes.
Dessa forma, a opção pelo perdão é a mais segura para nossa felicidade.
Dizem que, quando negamos o perdão é como se segurássemos uma brasa acesa, esperando que o outro se queime.
Ao perdoarmos, quebramos o vínculo que nos mantinha presos ao outro.
O causador da situação terá que responder pelo que fez, hoje ou amanhã, aqui ou além. O problema é dele, e ele o deverá resolver.
Mais feliz será sempre quem perdoa porque, ao perdoar, nos libertamos para seguirmos livres o nosso caminho, sem elos nem lembranças doloridas.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 9.4.2016.

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