Translate

Pesquisar este blog

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sem tempo ruim

Os que despertamos todos os dias, a cada dia, com os mesmos problemas, costumamos desanimar.
Dizemo-nos cansados porque a noite, que estabeleceu o intervalo entre o ontem e o hoje, não apagou as dificuldades que ressurgem, com o dia novo.
Angustiamo-nos porque a rotina nos sufoca, os problemas se acumulam, as soluções parecem não chegar nunca.
E nos arrastamos por mais 24 horas.
No entanto, ao ouvirmos relatos de pessoas que sofreram grandes impactos em suas vidas, o que notamos é sua força de vontade vigorosa, a certeza de lutar e vencer.
Uma dessas pessoas é a americana Lauren Manning.
No dia 11 de setembro de 2001, ao entrar no edifício da Torre Norte do World Trade Center, em Nova Iorque, uma bola de fogo desceu pelo poço do elevador e a derrubou.
82% do seu corpo sofreu queimaduras.
As mãos ficaram de tal modo queimadas que nelas só existe tecido cicatrizado e osso.
Seu filho tinha, na ocasião, somente 10 meses de vida.
E, enquanto ele deixou o carrinho para engatinhar, passou a andar, aprendeu a usar o patinete e a bicicleta, ela teve de aprender a se sentar, ficar de pé, andar, usar o copo, o garfo e a faca.
Depois de mais de 25 cirurgias realizadas para enxerto de pele, correção de cicatrizes nas costas, no rosto e nas mãos, Lauren mantém o otimismo.
Os progressos físicos foram conseguidos a duras penas. Graças a uma luva especialmente ajustada, Lauren até consegue segurar uma raquete de tênis. Embora não possa sacar.
Ela ainda visita terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, que a ajudam a alongar as mãos delicadas, terrivelmente queimadas pelo metal quente das portas do saguão.
Com todo esse drama, Lauren diz: Eu não tenho dias ruins.
Ela e o marido aproveitam o que tem: um ao outro e ao filho Tyler que, somente aos 4 anos de idade, soube o que aconteceu com sua mãe naquele dia terrível.
Isso porque viu os pais na TV e, então, lamentou:
Não queria que você tivesse se machucado.
Em verdade, se não tivesse se atrasado, naquele dia, ela estaria no 106º andar, na hora em que o avião se chocou contra a torre. E teria morrido.
O atraso lhe salvou a vida.                        
Lauren brinca com o filho, sorri ao contar como faz teatrinho com ele, dramatizando histórias e confidencia que adoraria ter mais filhos.
A esperança está viva nela que conclui: A vida não poderia ser melhor.
*   *   *
Sejamos mais otimistas, batalhadores.
Miremo-nos em exemplos como o de Lauren, que existem às centenas.
Agradeçamos a Deus pela vida, pelas nossas dores, pelas nossas vitórias.
Não temamos o fracasso e não alimentemos tragédias.
Vivamos cada dia, com sol, chuva ou tempestade porque, afinal, a madrugada de bonanças surge sempre, concedendo-nos breve trégua, a fim de que nos reabasteçamos de luz e prossigamos.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita com base no artigo Sobrevivi,
 por Gail Cameron Wescott, publicado na revista 
Seleções Readers Digest, de setembro.2006.
Em 13.08.2009.

Nenhum comentário:

O esporte e a guerra

  Cerca de cinquenta homens de cada lado. Homens preparados para lutar, para matar. Vindos de lugares diferentes. O que eles têm em comum é ...