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domingo, 18 de setembro de 2016

MUITOS SÃO CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

O Evangelho Segundo o Espiritismo  |  Muitos os chamados e poucos os escolhidos   |  Capítulo XVIII : ITEM 6 e 9   |  12/07/2015
OS QUE DIZEM: SENHOR, SENHOR!
170 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC
CAPÍTULO XVIII: MUITOS SÃO CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS
ITENS 6 e 9:  OS   QUE  DIZEM:  SENHOR,  SENHOR !

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no Reino dos Céus. Muitos me dirão, naquele dia: Senhor, Senhor, não é assim que profetizamos em teu nome, e em teu nome expelimos os demônios, e em teu nome obramos muitos prodígios? E eu então lhes direi, em voz bem inteligível: Pois eu nunca vos conheci: apartai-vos de mim, os que obrais a iniquidade.” (Mateus, VII: 21 a 23)

            Ainda hoje muitos pensam que sendo batizado, frequentando os templos religiosos, repetindo orações, confiando no valor mágico das palavras, terão direito a um bom lugar, após a morte.
            Muitos pensam que, por serem médiuns, exercerem sua mediunidade, uma vez por semana em um grupo mediúnico, já possuem o direito de um bom lugar após a morte.
            Muitos religiosos pensam que já neste viver são protegidos, e quando algo mais difícil acontece, como uma doença ou a perda do emprego, ou qualquer dificuldade, surge no caminho, lamentam-se: Como?! Faço tanto e é isso que recebo?
            A esses e muitos outros que pensam fazer favor a Deus, no cumprimento de alguns deveres, referia-se Jesus, alertando-os, bem como aos bem intencionados, que cumprir deveres na Terra é o mínimo que se pode fazer para facilitar a convivência entre os homens.
            Para merecer as bençãos divinas, que são a paz, a felicidade, para conquistar o reino de Deus, é preciso muito mais.
            É preciso desenvolver as qualificações nobres que todos trazem dentro de si, purificando-se através das experiências do viver: chegar ao final de cada existência melhor do que estava ao renascer, tornando-se melhor pessoa.
            Por isso, rótulos acadêmicos, sociais, religiosos, não são valorizados na contabilidade divina. Nessa, o que conta é o esforço de sentir, pensar e fazer sempre o bem, não o bem pessoal, egoísta, mas o bem que não causa mal, não prejudica a ninguém, nem a si próprio, no ato e nas suas consequências.
            Jesus referia-se aos que se dizem cristãos nas palavras, nas oportunidades de engrandecer-se, nos atos exteriores, aos fariseus e saduceus do seu tempo e aos de hoje, porque eles continuam existindo inseridos nas instituições sociais, religiosas, profissionais, dificultando as ações das pessoas sinceras na boa intenção e vontade de fazer o melhor que puder.
            Jesus veio à Terra para ensinar o caminho que levará essa humanidade a transcender-se à condição humana, para viver em um reino de paz e amor. Vivenciou tudo que ensinava, constituindo-se em Guia e Modelo para todos, não importando nacionalidade, crença, raça.
            Seus ensinos, sob quais formas se apresentem, são a base do bom relacionamento entre todos, apesar das diferenças de usos e costumes. Eles nivelam todos os homens, num mesmo destino de perfeição e felicidade.
            Assim, ser cristão é aceitar, no íntimo de si mesmo, um Deus perfeito, Pai de todos, sem discriminações e privilégios, justo, sábio e bom no absoluto, sem falhas.
            É sacrificar-se, combatendo suas imperfeições, seu orgulho, seu egoísmo, sua cupidez, em favor do desenvolvimento em si da humildade, do altruísmo, do desapego aos bens materiais, usando-os sempre em favor de muitos, não só de si próprio e de sua família.
            É ser simples, despretensioso, alegre, confiante em Deus, nos homens e em si mesmo, porque sabe que todos são perfectíveis, porque o mal é fruto da imperfeição espiritual, portanto, provisório, podendo ser erradicado da mente e dos corações humanos.
            “Não espereis dobrar a justiça de Deus pela multiplicidade de vossas palavras e de vossas genuflexões. A única via que está aberta, para alcançardes a graça em sua presença, é a da prática sincera da lei do amor e da caridade.”

 Leda de Almeida Rezende Ebner – Julho/2015
Original: http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=1072

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