Quando nasce um novo bebê numa família, de maneira geral, há uma reação negativa por parte do irmãozinho.
É assim que os pais o surpreendem, por vezes, a beliscar o bebê ou a bater com um de seus brinquedos na sua miúda cabeça.
Isso quando não decide pegar o pequeno nos braços, suspendê-lo e perguntar para a mãe se o pode jogar fora.
Os pais costumam entrar em crise, explodindo em exclamações, perguntando como pode ele ser tão mau. Ou afirmam que encomendaram aquela coisinha pequena só para ele, que ele deve zelar por ela.
A última afirmativa não é verdadeira pois nenhum casal opta por ter mais um filho, pensando em companhia para o primeiro. Pai e mãe decidem o retorno à maternidade e paternidade por suas próprias razões.
Dizer para um pequerrucho de 3 ou 4 anos que é sua a responsabilidade de cuidar do irmão é uma incoerência. Em primeiro lugar, porque tal responsabilidade é carga demasiada para ele e, em segundo lugar, porque é aos pais que compete a guarda e zelo dos filhos.
Como administrar a questão? Primeiramente, levando em consideração que a criança pode estar se sentindo rejeitada, desprezada, pois que todas as atenções se voltam agora para o bebezinho.
Também não descartar a hipótese de que os Espíritos de um e de outro não tenham sido amigos em existência anterior.
Pode ocorrer que, embora a memória atual do filho mais velho não revele, em nível consciente, seu Espírito detecte o ser para com o qual nutre rancor ou desconfiança e, na linguagem infantil, reage de forma agressiva à vinda dele para o mesmo teto.
Se esse eventualmente lhe tenha usurpado afetos, anteriormente, criará para a atualidade desconforto e intranquilidade naturais.
Torna-se necessário que, desde os primeiros momentos da gravidez, a mãe incentive o filho a receber o irmãozinho, por meio de gestos de carinho e atenção, como passar a mão pela sua barriga, conversar com o maninho, projetar brincadeiras que um dia farão juntos.
Pedir a ajuda dele para escolher algumas peças de roupa que lhe serviram um dia.
Afirmar, com frequência, que o ama e que não importa quantos sejam os filhos, haverá amor para todos. Que cada um é especial e é amado de forma particular.
Após o nascimento, não relegar o maiorzinho, nem repetir de contínuo que ele já é grande e pode se virar sozinho.
Evitar de lhe tolher a liberdade, dizendo a toda hora que ele não pode fazer barulho para não perturbar o sono do bebê, pois que isso colaborará para que ele o sinta como um estraga prazeres, alguém que veio para perturbar, desagradar.
Criar um ambiente de tranquilidade e receptividade, evitando comparações de temperamentos e comportamentos, é tarefa que aos pais compete, servindo-se constantemente da oração que ampara e auxilia.
* * *
A criança necessita de muito amor, de exemplos edificantes, de ambiente de afeto, de colaboração e respeito mútuo, para que possa desenvolver-se em bases afetivas e morais.
A criança é fruto do seu passado espiritual, das experiências anteriores que viveu, mas traz dentro de si o germe da perfeição.
Não esqueçamos de que ela é um Espírito criado por Deus para a perfeição e de nós aguarda o auxílio para se credenciar a tal, com maior rapidez.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.01.2010.
Em 26.01.2010.
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