Desde aquele dia do mês de julho de 1996, em que o mundo teve notícias do nascimento da ovelha Dolly, um espécime clonado, começaram as especulações, em torno da clonagem de seres humanos.
Clonar, fazer uma réplica de um ser humano, a partir de algumas das suas próprias células. Em torno do tema, já se escreveram histórias, criaram novelas, surgiram discussões em mesas redondas em televisão, rádio, escolas, universidades.
Contudo, o criador da ovelha Dolly, Ian Wilmut tem um pensamento muito especial a respeito, que pode ser conhecido a partir do que ele mesmo relata.
Foi depois de um dia longo de trabalho, em que uma enxurrada de ligações da imprensa mundial o tinha cansado em demasia.
Em seu escritório no Roslin Institute, próximo a Edimburgo, ele suspirou ao ouvir tocar o telefone, outra vez.
Era a voz de uma mulher, em evidente e profunda angústia, ligando dos Estados Unidos:
Por favor, professor, estou desesperada e preciso de sua ajuda. Minha filhinha acabou de morrer. Tinha só dois anos e, mesmo assim, lutou bravamente contra a leucemia.
Por favor, pegue parte das células dela e faça uma clonagem. Devolva minha filha. Faria tudo para tê-la em meus braços de novo.
Wilmut tornou a suspirar. Nada na sua formação acadêmica, nada o havia preparado para uma situação como aquela. Ele era um cientista e não um médico.
Com delicadeza, disse para a mãe em desespero:
Sinto muitíssimo que tenha perdido sua filha. Mas não podemos trazê-la de volta com essa nova tecnologia. Uma criança clonada a partir das células de sua filha nunca a substituiria. Seria um indivíduo completamente novo, nascido em outra época e com pais de luto.
Apegue-se a suas preciosas lembranças. E não se esqueça de que cada ser humano é único. Não podemos mudar isso nem devemos querê-lo.
Cada ser humano é único. Tem razão o famoso embriologista. Exatamente porque cada ser humano é um Espírito diferente, desde a sua origem, pois Deus não se repete.
Além do que, através das vidas sucessivas, o Espírito vai adquirindo virtudes, vai cultivando a sua inteligência, vai se aprimorando, burilando sentimentos. Portanto, nunca um ser poderá ser igual a outro.
Eis uma grande dádiva da Criação Divina. O Espírito vem de Deus. É o princípio da inteligência e da vida. Criado por amor, criado para amar, é uma partícula da essência Divina projetada no mundo material.
O destino do Espírito é conhecer, adquirir e possuir tudo. Para realizar os seus fins, tem de percorrer, no tempo e no espaço, um campo sem limites.
Passando por inúmeras transformações, no fim de milhares de séculos, da mesma forma que o mineral grosseiro se converte em diamante puro, o Espírito se torna perfeito.
A qualidade do Espírito é de cada um, e como cada um marcha na estrada da evolução no seu próprio ritmo, cada ser é especial, único, sem cópia, sem igual.
* * *
Conhecendo um pouco mais a respeito de nós mesmos e da maravilha que é a Criação Divina, nossa alma se rende à grandeza de Deus e podemos dizer:
Deus meu, vida minha! Já que eu não posso fazer muito, graças à minha pequenez, deixa que o meu canto seja o murmúrio de gratidão nos Teus ouvidos.
Quando ergueste a cortina do tempo que desvelou o milagre das horas, a sombra espessa foi espancada pela gargalhada triunfante da luz.
Quando soprastes o hálito de vida na terra umedecida, a verde relva sorriu ante as flores que desabrocharam num forte poema de cor.
E, finalmente, quando chegou o crepúsculo e a noite se acreditou vitoriosa, as estrelas vigilantes brilharam no manto de veludo e permaneceram apontando os rumos na Terra, através das suas lâmpadas nos céus.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Dr. Dolly,
de Seleções Reader´s Digest, de dezembro/2001; no canto XLVI, do livroEstesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. LEAL e no cap. IX, pt. 1, do livro O problema do ser,
do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
Em 3.10.2013.
de Seleções Reader´s Digest, de dezembro/2001; no canto XLVI, do livroEstesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. LEAL e no cap. IX, pt. 1, do livro O problema do ser,
do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
Em 3.10.2013.
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