O Carnaval, uma festa que ainda guarda
Vestígios da barbárie e do primitivismo que reina
Entre os encarnados, marcado pelas paixões
Do prazer violento, que ecoa nas ruas e nos corações
Mas nosso imperativo maior é a lei de evolução
Que nos guia para um futuro de luz e de razão
Um dia, tudo isso, todas essas manifestações ruidosas
Desaparecerão da terra, como um estágio de inferioridade
A humanidade evoluirá, e o Carnaval será apenas
Um capítulo da história, um vestígio do passado
Quando a razão e a sabedoria prevalecerem
E a festa será uma celebração da vida, sem violência e sem dor
Mas até lá, o Carnaval continua, uma expressão
Da alma humana, com todas as suas contradições
Uma mistura de prazer e dor, de luz e de sombra
Um reflexo da nossa condição, em constante evolução
E depois da festa, vêm as consequências
Das escolhas feitas, das ações sem reflexão
Mulheres que engravidam, sem saber quem é o pai
E a vida delas muda, para sempre, sem preparação
Os filhos nascem, e a responsabilidade é grande
Mas quem assume, quem cuida, quem educa e quem ampara?
A sociedade, que se esconde, que não quer ver
O problema, que é nosso, que é de todos, que é da humanidade a resolver
A violência, o alcoolismo, as drogas, a promiscuidade
São apenas alguns dos problemas que o Carnaval deixa
E a pergunta é: até quando vamos continuar assim?
Até quando vamos continuar a celebrar a vida, de forma tão destrutiva e tão dolorosa?
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