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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Onde começa a delinqüência?


Numa noite dessas, quando voltávamos para casa um pouco mais tarde do que o horário habitual, percebemos uma pequena aglomeração de jovens, no quintal de uma casa comercial.
Fora do horário de expediente, a casa estava fechada, o que a tornava propícia à invasão dos desocupados.
Em princípio pensamos que eram meninos de rua buscando abrigo seguro, mas logo percebemos que se tratava de garotos de classe média, fazendo uso de drogas, despreocupadamente.
Sentimos profunda compaixão por aqueles meninos tão novos e já sem rumo. Perdidos nos cipoais das drogas, num caminho de difícil retorno.
Logo em seguida nos perguntamos: Onde estão os pais desses jovens?
Será que sabem o que fazem seus filhos? Ou será que não estão interessados no assunto?
Grande parte dos que se iniciam nas drogas, logo adentram pelo caminho do roubo e de outros crimes, afundando-se cada vez mais num redemoinho sufocante.
Estudos sobre a delinquência infanto-juvenil feitos na Universidade de Harvard, Estados Unidos, revelaram os seguintes dados:
60% dos menores delinquentes têm pai e mãe que bebem excessivamente;
65% desses menores têm permissão dos pais para fazerem o que bem entendem;
60% provêm de lares onde o marido e a mulher não vivem em harmonia;
70% são de lares onde não há recreação de espécie alguma;
80% têm pais que não procuram interessar-se pelos amigos dos filhos;
80% desses jovens queixam-se da indiferença da mãe;
60% queixam-se da indiferença do pai.
A grande maioria provém de lares desfeitos.
Raros recebem qualquer espécie de ensino religioso.
Temos, dessa forma, as características gerais e bem acentuadas, das casas onde começa a delinquência.
São casas e não lares, porque o lar tem outro significado.
Isso nos faz lembrar de uma pequena história para ilustrar a diferença dos termos.
Devido à falta de casas perto da base militar onde servia, um jovem médico viu-se obrigado a viver com a esposa e três filhos pequenos num acanhadíssimo quarto de hotel.
Um amigo, preocupado com a situação, aproximou-se da filha do médico, uma menina de seis anos de idade e lhe disse:  Que pena vocês não terem um lar, não é mesmo?
Oh, nós temos um lar, sim senhor. -  Respondeu a menina prontamente.
O que não temos, por enquanto, é uma casa para abrigá-lo.
Pensando nisso, concluímos que aqueles garotos soltos na noite, por conta própria, não eram meninos de rua, no sentido usual do termo, mas, certamente, eram meninos sem lar.
*   *   *
Você já pensou, com seriedade, nas características gerais que definem as casas de onde sai grande parte dos delinquentes?
Vale a pena que prestemos muita atenção nos percentuais levantados pela Universidade de Harvard, para que analisemos a nossa situação dentro do lar.
E, se detectarmos qualquer coincidência com os fatores pré-disponentes à delinquência, não exitemos em mudar o rumo das coisas, antes que seja demasiado tarde.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em artigo da 
Revista Seleções Reader’s Digest, de julho/1952 e maio/1954.
Em 02.12.2009.

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