Você sabia que a fitoterapia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e está presente no Brasil no cuidado de milhões de pacientes?
E nos centros espíritas, ela também é aplicada?
O médico espírita Bezerra de Menezes e o médium Eurípedes Barsanulfo popularizaram no século 19 a assistência no centro espírita aos necessitados, aliando o uso da homeopatia e da fitoterapia ao tratamento espiritual.
Leia a matéria que o Correio Fraterno publicou sobre esse assunto
Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a Medicina Complementar e Alternativa (MCA) está presente no Brasil no cuidado de milhões de pacientes, que recorrem a técnicas e terapias naturais para o alívio e cura de suas doenças, buscando o equilíbrio físico e emocional. Algumas delas, entendidas como novas nos países ocidentais, são tradicionais e recorrentes em outras sociedades e culturas, como a acupuntura, o do-in e a fitoterapia, que envolve o uso dos princípios ativos das plantas em favor da saúde. Isso sem falar na homeopatia (Hahnemann, 1755) e na manipulação do magnetismo animal (Mesmer, 1744).
No Brasil são inúmeras as possibilidades de tratamentos com uso da medicina complementar, com incontáveis casos de sucesso. Muitos deles inclusive oferecendo soluções não encontradas na medicina convencional.
Foi possivelmente antevendo a quantidade de sofrimentos, dores não-curadas, principalmente da alma, que o médico espírita Bezerra de Menezes e o médium Eurípedes Barsanulfo popularizaram no século 19 a assistência no centro espírita aos doentes e necessitados, aliando o uso da homeopatia e da fitoterapia ao tratamento espiritual.
“Praticamente não houve interrupção do trabalho com a fitoterapia iniciado por Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, MG, que é hoje o coordenador geral desse trabalho no plano espiritual”– explica Rener Leite da Cunha, e à frente do trabalho de assistência nesse segmento há mais de vinte anos, no Centro Espírita Estrada da Luz e em pelo menos três outras casas espíritas em Uberlândia, MG e região, onde chega a atender com a equipe cerca de 1.500 pessoas por mês.
Desde o século 19, Eurípedes fazia o que chamavam de trabalho de receituário, e distribuía gratuitamente as formulações que ele mesmo preparava na Farmácia Homeopática, tendo a sua mediunidade como um dos instrumentos principais no atendimento de pessoas que vinham de longe para se tratar.1 Através de seu tio Sinhô Mariano, na Fazenda em Santa Maria é que Eurípedes Barsanulfo tornou-se espírita. E logo após a sua desencarnação, foi Sinhô Mariano quem continuou o trabalho no atendimento, ainda por muitos anos. Eurípedes desencarnara muito cedo, em 1918, com apenas 38 anos, vítima da gripe espanhola. A partir de 1959, o médium Langerton prossegue com o trabalho da fitoterapia, em Peirópolis, Uberaba, cujos conhecimentos que detinha sobre as plantas, preparo, acondicionamento, embalagem, indicação, foram aos poucos sendo transmitidos a outras pessoas interessadas, o que propiciou a multiplicação de trabalhadores que formam hoje cerca de 70 grupos semelhantes espalhados pelo Brasil e em cinco países: Alemanha, Holanda, Portugal, Maputo (na África) e Cuba.
“Temos aí o ide e pregai, ensinai, curai os enfermos, expulsai os demônios. Isso é fitoterapia com Jesus” – explica Rener. “Além da parte física, dos recursos das plantas, a fitoterapia obedece à fluidificação da espiritualidade. “Eu posso manipular uma planta, mas na casa espírita o efeito magnético é outro. Os efeitos químicos, biológicos são diferentes”, diz ao recordar o preparo de trinta quilos de cremes e unguentos no dia anterior a essa entrevista. “Tudo é à base de oração, fluidificação; fazemos tinturas com a planta verde [sabendo-se a hora exata de se coletá-la], extraímos o princípio ativo, magnetizamos a tintura através da fluidificação magnética do médium e da espiritualidade”– comenta. “Quando as energias perispiríticas, que são as energias fluídicas do indivíduo, estão em desequilíbrio, lesionam as células e essas células adoecem o corpo físico”– explica Rener, que ao trabalhar no receituário é auxiliado pelos espíritos pela mediunidade auditiva. “Os assistidos vão sendo tratados desde a entrada no Centro, através da equipe espiritual, da palestra que ouvem sobre o Evangelho, até a saída, com seus frascos de medicamentos à base de plantas, distribuídos gratuitamente”– conclui.
1- Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, de Jorge Rizzini (Ed. Correio Fraterno) e O homem e a missão, de Corina Novelino (Ed. IDE).
“Temos aí o ide e pregai, ensinai, curai os enfermos, expulsai os demônios. Isso é fitoterapia com Jesus” – explica Rener. “Além da parte física, dos recursos das plantas, a fitoterapia obedece à fluidificação da espiritualidade. “Eu posso manipular uma planta, mas na casa espírita o efeito magnético é outro. Os efeitos químicos, biológicos são diferentes”, diz ao recordar o preparo de trinta quilos de cremes e unguentos no dia anterior a essa entrevista. “Tudo é à base de oração, fluidificação; fazemos tinturas com a planta verde [sabendo-se a hora exata de se coletá-la], extraímos o princípio ativo, magnetizamos a tintura através da fluidificação magnética do médium e da espiritualidade”– comenta. “Quando as energias perispiríticas, que são as energias fluídicas do indivíduo, estão em desequilíbrio, lesionam as células e essas células adoecem o corpo físico”– explica Rener, que ao trabalhar no receituário é auxiliado pelos espíritos pela mediunidade auditiva. “Os assistidos vão sendo tratados desde a entrada no Centro, através da equipe espiritual, da palestra que ouvem sobre o Evangelho, até a saída, com seus frascos de medicamentos à base de plantas, distribuídos gratuitamente”– conclui.
1- Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, de Jorge Rizzini (Ed. Correio Fraterno) e O homem e a missão, de Corina Novelino (Ed. IDE).
Nenhum comentário:
Postar um comentário