Translate

Pesquisar este blog

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

José Reis Chaves - A morte dum ditador querido ou odiado, famoso ou famigerado?

Apesar de o regime ditatorial comunista de Fidel Castro ter colocado Cuba em destaque na saúde e educação, Fidel foi um traidor do povo cubano, pois ele derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, prometendo a democracia, mas criou outra ditadura muito pior.

O comunismo ou socialismo, na verdade, é um verdadeiro “capitalismo estatal” dos que estão no poder de uma nação, pois o comandante de um Estado comunista, como o era Fidel Castro, tem nas mãos todo o capital do Estado que governa, podendo empregar esse capital no que quiser. E como já foi dito, ele empregou-o especialmente na educação e na saúde, mas com grande prejuízo para outras áreas, deixando o seu povo numa vida de pobreza miserável. E, enquanto isso, ele, o comandante, e os grandes do Partido Comunista e dos poderes da nação cubana, principalmente o militar, viviam e ainda vivem desfrutando de um conforto de Primeiro Mundo!

Realmente, o “capitalismo estatal” é poderoso! E os grandes desse novo capitalismo, de fato, vivem num paraíso, enquanto que o resto da sociedade, ricos e pobres, que se virem! E que os ricos ganhem bastante dinheiro para pagarem mais impostos, para aumentar o capital estatal dos grandes do poder e seus funcionários do alto escalão, a fim de que, como se diz, eles nadem na maionese! Isso é o que foi feito em Cuba, na ex-União Soviética e em outros países comunistas. Daí que a ideologia comunista ou esquerdista, com sua indevida e ultrapassada luta de classes, ou seja, dos pobres fracassados na vida e invejosos dos ricos de sucesso, escafedeu-se de vez! Ela só existe, ainda, além de Cuba, na Coreia do Norte, com a maioria das suas populações pobres vivendo na penúria!

É esse tipo de governo que alguns líderes políticos latino-americanos chamados de bolivarianos, petistas e comunistas no Brasil, querem para o seu povo. Eles usam, ainda, essa ideologia vencida, para a conquista de votos das pessoas de menor instrução e que ignoram que o comunismo já fracassou na história, como fracassaram o feudalismo e o absolutismo. Além dessa população de baixo nível de instrução, existem também os ideólogos oportunistas do bolivarianismo que sonham com esse tipo de regime caduco, com a esperança de, quem sabe, serem seus tupiniquins nadando também na maionese!

Em Cuba da ditadura castrista, esse tipo de regime esquerdista sobrevive até hoje, à custa da pobreza da maioria do povo e de uma grande repressão contra os numerosos defensores da liberdade de imprensa e duma verdadeira democracia, milhares dos quais foram fuzilados.

Se Fidel Castro foi convicto na sua ideologia comunista que tanto defendeu, ele tem um mérito. Mas esse seu mérito cai num esvaziamento, porque ele viveu muito para ter tempo de humilhar-se, reconhecendo, antes de morrer, o fracasso da ideologia ultrapassada do seu regime. Sim, ele teve tempo bastante para retratar-se dos seus erros cometidos, e pedir perdão às famílias dos milhares de cubanos fuzilados, pedido de perdão esse que deveria ser feito também ao mundo escandalizado com a barbárie de sua ditadura! Poderia também ter dado, antes de morrer, liberdade, ainda que tardia, ao povo cubano! Mas, infelizmente, não o fez!

E assim, Fidel Castro entra para a história não como um famoso e querido ditador, mas como um odiado e famigerado ditador!

PS: Recomendo “A Civilização do Não Ser – Silêncio do Curiango”, de José Humberto Espínola Pontes de Miranda, Ed. Ideia, João Pessoa (PB), 2009.


http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/jos%C3%A9-reis-chaves/a-morte-dum-ditador-querido-ou-odiado-famoso-ou-famigerado-1.1407889

Nenhum comentário:

O esporte e a guerra

  Cerca de cinquenta homens de cada lado. Homens preparados para lutar, para matar. Vindos de lugares diferentes. O que eles têm em comum é ...